Direitos das Crianças Digitais
Há um tempinho atrás, li um post muito interessante, no blog Dia a Dia, Bit a Bit do Silvio Meira, que, tomando por base a Declaração Universal dos Direitos da Criança, elabora uma "Declaração dos Direitos das Crianças Digitais". Trata-se de um texto bem bacana, que suscita uma série de reflexões, por isso resolvi compartilhar, transcrevendo um trecho aqui:
"ao invés de falar de potenciais direitos digitais das crianças, talvez seja muito mais interessante e objetivo tentar estabelecer uns poucos e simples direitos das crianças digitais.
primeiro, note que as crianças de hoje já nasceram em um mundo que é digital [PCs desde a década de 80, influenciando os pais], conectado [a própria rede, chegando na década de 90], móvel [celulares, antes, e smartphones, agora, chegando às mãos de todos] e programável. não só o digital, rede e celulares são intrinsecamente programáveis mas apps, instalados no digital e/ou no móvel, são uma forma de programar, principalmente no caso dos smartphones.
o cenário onde vivem as crianças de hoje é digital, conectado, móvel e programável. crianças que vivem este cenário em toda sua intensidade poderiam ser chamadas “crianças digitais”, ao invés de millennials ou post-millennials, como fazem alguns… pois não é a quadra em que nasceram o principal determinante de seu contexto, mas os meios tecnológicos que estão ou deveriam estar à sua disposição, para interagir com outros humanos e com as instituições, que o faz.
claro que há uma declaração universal dos direitos da criança, aprovada por ninguém menos que a assembléia geral da ONU em 1989; você pode vê-la neste link. é do preâmbulo da declaração, que fundamenta os direitos das crianças com base na liberdade, aprendizado, brincar e convívio social que tiramos a nossa declaração dos direitos das crianças digitais:
os meios da sociedade em rede, as capacidades dos sistemas digitais, conectados, móveis e programáveis, deveriam estar à disposição de todas as crianças como ambientes e ferramentas para brincar, aprender e conviver, garantidas as liberdades de expressão, informação e comunicação e as salvaguardas necessárias, em tais ambientes e ferramentas e seus usos, para os pequenos.
pense. é simples de escrever, muito difícil de implementar. não é, foi ou será diferente com a declaração universal ou qualquer outro conjunto de princípios que vise garantir alguma coisa, qualquer coisa, para todos".
Você pode ler o post na íntegra aqui. Clica que vale a pena. ;)